Spirulina Platensis: fonte de nutrientes essenciais

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Spirulina Platensis

Spirulina platensis é uma microalga de coloração verde-azulada rica em proteínas de ótima biodisponibilidade, sendo amplamente consumida em diversas regiões do mundo.

Além de diversos aminoácidos essenciais, em sua composição, encontram-se os ácidos palmíticos, gama-linolênico, linoleico e oleico. Dentre as vitaminas destacam-se o Complexo B (principalmente a Vitamina B12), a Vitamina E o Betacaroteno. Os principais minerais são cálcio fósforo e potássio, além do Magnésio, Ferro, Zinco, Cromo, Manganês e Sódio, que são encontrados em menor quantidade.

A biomassa da Spirulina platensis consiste no alimento com maior concentração de nutrientes. Entre eles, está a Ficocianina, que é o principal pigmento encontrado na microalga. Seu efeito antioxidante envolve a neutralização de radicais livres e espécies reativas de oxigênio, prevenção da peroxidação lipídica das membranas celulares e a proteção hepática contra agentes tóxicos. Por outro lado, seu efeito anti-inflamatório, deve-se à inibição da formação de citocinas inflamatórias.

Estudos reportam diversas aplicações possíveis da microalga, como por exemplo, nas dislipidemias, diabetes mellitus, hipertensão arterial, toxicidade renal, no combate de agentes infecciosos, no câncer, na radioproteção e na microbiota intestinal. Alguns mecanismos, entretanto, ainda são pouco elucidados.

Efeito hipolidêmico, antioxidante e anti-inflamatório

O efeito hipolidêmico sobre o colesterol total, LDL colesterol, VLDL e triglicérides foi reportado em diversos estudos realizados com pessoas saudáveis, com doença cardíaca, síndrome nefrótica, diabetes tipo 2 e idosos. As doses foram administradas entre 1g e 8g/dia, enquanto o tempo de tratamento variava de 1 a 6 meses. Os resultados obtidos aparentemente envolvem o aumento da excreção de colesterol e ácidos biliares. Além disso, em diabéticos, parece auxiliar no controle glicêmico.

No que se diz respeito ao efeito antioxidante, estudos reportaram benefícios da alga para diabéticos e sobre fadiga e estresse oxidativo induzido pelo exercício físico. Segundo LU et. Al (2006), a suplementação de Spirulina platensis por 3 semanas reduziu marcadores de estresse oxidativo, aumentou o nível de enzimas antioxidantes, a concentração de lactato sanguíneo e o tempo até a exaustão em indivíduos destreinados após exercício progressivo em esteira. Um outro estudo conduzido por Kalafati et. Al (2010) demonstrou que a suplementação de 6g se Spirulina por 4 semanas em indivíduos treinados aumentou o tempo de corrida até a exaustão, a oxidação de gorduras, o nível de enzimas antioxidantes no repouso e 24h após o exercício e inibiu o aumento dos marcadores de peroxidação lipídica.

Alguns estudos controlados com humanos relatam seu benefício o Benefício da Spirulina em casos de rinite alérgica, evidenciando sua aplicação anti-inflamatória. O efeito anti-inflamatório foi evidenciado a partir de um estudo duplo-cego conduzido por CINGI et. Al (2008) no qual o grupo suplementado com 2g de Spirulina por 6 meses obteve melhora nos sintomas de congestão nasal, coceira, corrimento e espirros, em comparação ao grupo suplementado com placebo.

Os aminoácidos e a saciedade

A ingestão de proteínas causa, perifericamente, uma resposta hormonal no trato gastrointestinal responsável por estimular a saciedade no núcleo do hipotálamo. Além disso, os aminoácidos essenciais parecem influenciar esse mecanismo. O hipotálamo percebe os níveis corporais de energia e nutrientes e estimula a liberação de peptídeos anorexigênicos, inibindo, desse modo, a fome.

Devido ao alto conteúdo proteico, a ótima digestibilidade, ao perfil aminoácido singular e ao baixo valor calórico, a Spirulina platensis pode auxiliar indivíduos engajados em dietas para emagrecimento, facilitando a adesão ao tratamento.

Fonte de Vitamina B12

Spirulina platensis é uma das únicas fontes vegetais de Vitamina B12 com biodisponibilidade adequada. Por isso, é uma excelente alternativa para grupos de risco de deficiência, como veganos e vegetarianos, por exemplo, que não consomem ou consomem poucos alimentos de origem animal. Além disso, a falta desse nutriente no organismo pode ocasionar demência, neuropatia, degeneração da medula espinal e anemia megaloblástica.

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