Ômega-3 TG x Ômega-3 EE: saiba as diferenças e aprenda a escolher o melhor para saúde

Para atingir resultados mais rápidos e específicos, os fabricantes de Óleo de Peixe passaram a produzir cápsulas com diferentes concentrações. Ou seja, maiores quantidades de EPA, de DHA ou de EPA+DHA.

Para que isso seja possível, o óleo de peixe tradicional passa por um processo de concentração, no qual o produto final de Ômega-3 pode ser fornecido em duas principais formas: ácidos graxos Etil Ésteres (EE) ou triglicerídeos reesterificados (TG). Os resultados desses processos apresentam taxas de aproveitamento diferentes uma da outra.

Os pescados fornecem, naturalmente, o Ômega-3 na forma de triglicerídeos, que compõem a alimentação há milhares de anos, sendo facilmente reconhecidos e absorvidos pelo organismo.

Para que seja adicionado mais EPA e/ou DHA é preciso que a molécula de glicerol seja quebrada. Para isso, os triglicerídeos, naturalmente encontrados nos peixes, são hidrolisados em ácidos graxos livres, perdendo o glicerol. Etanol é adicionado nos ácidos graxos para estabilizar a estrutura, criando ácidos graxos Etil Éster (EE).

Ácidos graxos indesejáveis são removidos e substituídos por DHA e EPA por meio da destilação molecular (separação por evaporação à alto vácuo).

Muitos fabricantes de óleo de peixe encerram o processo de produção nesta etapa, mantendo a molécula de etanol na estrutura do ácido graxo, ou seja, são os chamados EE.

Os óleos de peixe TG têm mais uma fase no processo de produção, em relação aos óleos EE: para completar de forma adequada o processo de concentração, os ácidos graxos EE são reesterificados em TG, quando a molécula de Etanol é retirada com a reintrodução da molécula de Glicerol, obtendo uma molécula equivalente a natural (TG), presente no alimento e com absorção até 70% superior ao Etil Ester.

A diferença de resultados entre Ômega-3 TG e Ômega-3 EE

Um estudo duplo-cego (Dyerberg et. al)¹ avaliou a biodisponibilidade do Ômega-3 apresentado em diferentes formulações de óleo de peixe concentrado e foi encontrada uma diferença de 70%  de aproveitamento entre elas, sendo a EE a formulação de menor aproveitamento. Além disso, foi constatada uma diferença significativa entre a cápsula de óleo de peixe EE e o óleo de peixe original, comprovando a não equivalência fisiológica à forma original de triglicerídeo do óleo.

Outro estudo (Neubronner et. al)² comparou os índices de aproveitamento dos produtos fornecidos como TG e EE por meio da avaliação do Índice de Ômega-3 (Iω3) que mostra o percentual de Ômega-3 no total de lipídeos das células sanguíneas. Após seis meses de suplementação, a forma TG promoveu maior e mais rápido aumento do Iω3 em comparação a EE.

Um terceiro estudo (Schuchardt et. al)³ constatou uma redução significativa dos triglicerídeos séricos apenas no grupo suplementado por seis meses com a forma TG em comparação ao placebo. Entre os grupos que receberam suplementação EE e placebo, não houve diferença.

Desse modo, fica evidenciada, cientificamente, a existência de diferentes taxas de aproveitamento entre as formulações de óleo de peixes disponíveis e o prejuízo de biodisponibilidade na forma EE comparada à forma TG.

Com base nessas informações, na hora de comprar a sua suplementação de Ômega-3, fique atento ao tipo de formulação que é fornecida pelo fabricante e escolha sempre o Ômega-3 100% TG, que apresenta melhor conforto gástrico e absorção 30% superior.

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